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O jornal, a TV e o rádio nao sabiam tanto da minha vida. E as mídias digitais?
Estou estudando sobre a chamada sociedade do conhecimento e os impactos do excesso de informaçao e da informatizaçao na nossa vida. O ciberespaço de Pierre Levy ou o espaço de fluxos de Manuel Castells falam sobre a influência da rede até para quem nano está conectado a ela e sobre seus efeitos na vida pública, privada e pessoal. Apesar de termos mais liberdade de expressao do que jamais tivemos em outras épocas, as redes ainda sao bastante direcionadas por quem tem maior poder e interesse.
E como boa parte das nossas informaçoes está na rede, disponível, atuamos como co-produtores e consumidores ao mesmo tempo. De novo – temos mais participaçao, mas também corremos o risco de mais interferência na nossa vida.
Gosto de saber que o que aprendemos nas escolas de comunicaçao sobre emissor e receptor já evoluiu bastante, mas acho que ainda teremos que fazer muitas reflexoes sobre direitos e deveres e onde começa e acaba a liberdade de cada um.
Por mais interativos que os jornais, TVs e revistas sejam hoje, nenhum deles sabe tanto sobre os nossos hábitos quanto a internet. Para nos conhecer ainda precisam fazer pesquisas, estudar comportamentos. A ‘carta do leitor’, a ligaçao para o apresentador do rádio, o ‘mande sua história’ para o programa sao bem mais limitados. Nao imagino minha revista perguntando – já que comprou o livro X, que tal comprar o Y? Ou a TV me olhando dizendo – gostou do brinco da personagem? Compre aqui.
Os tempos da privacidade acabaram depois da internet, do Google, do Facebook? :) Vamos acompanhar essa historia e ver onde vai dar, afinal…
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