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O novo patamar da TV Globo na cobertura da campanha eleitoral – com Campos
Luciano Martins Costa texto publicado hoje no Observatorio
A 2a das entrevistas de candidatos à Presidência da República ao Jornal Nacional, desta vez com o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), indica que a TV Globo pode estar definindo um novo patamar na cobertura da campanha eleitoral. Assim como na primeira entrevista, que teve na bancada o senador Aécio Neves, do PSDB, a dupla de entrevistadores William Bonner e Patrícia Poeta nao aceitou evasivas como respostas.
A diferença no resultado se deveu basicamente ao desempenho dos dois candidatos: se Aécio Neves titubeou diante da assertividade dos jornalistas, Eduardo Campos mostrou um tom de voz sereno e firme e uma postura corporal que aparentava segurança.
Ao olhar o tempo todo para os entrevistadores, evitando dirigir-se à câmera que o focalizava durante o questionamento, Campos fugiu de uma armadilha muito comum na comunicaçao televisiva e procurou se mostrar envolvido no debate; quando virou o rosto para falar diretamente ao telespectador, no final da entrevista, fez um movimento natural e adotou um tom de voz adequado ao colóquio.
Um novo padrao parece estar se definindo nessa série de encontros entre os candidatos e os ocupantes da bancada de maior audiência na televisao brasileira. Basicamente, o que se viu até aqui foi a escolha de uma pauta crítica que é levada pelos entrevistadores ao limite do tempo, com alguma flexibilidade para testar a capacidade do entrevistado de se adequar ao nível de resposta exigido.
No caso de Eduardo Campos, os 3 pontos focais foram a acusaçao de nepotismo no caso da nomeaçao de sua mae e dois primos para o Tribunal de Contas de Pernambuco, o rompimento de sua aliança com o PT e supostas contradiçoes em seu programa de governo. Ao perguntar com insistência sobre a atuaçao do ex-governador na escolha da mae e outros parentes para o cargo público e vitalício, Bonner obrigou o candidato a fazer uma afirmaçao que muitos eleitores haverao de questionar. Com todos os argumentos que apresentou, nao há como escapar à ideia de que ele favoreceu a própria mae, mesmo que ela tenha todos os predicados que ele enalteceu – siga lendo no Observatorio
Brazileiro SA
Está mais do que certo, se esses senhores querem nos representar, não podem se intimidar com perguntas super pertinentes. Quem tremer na base deve cair fora!