O papa é argentino – como estamos lidando com isso – Texto do Jayme Serva

Imagem do perfil Dilma Bolada no Facebook

Passado o impacto inicial da escolha de um papa argentino, o Brasil logo se colocou em sua condiçao habitual – a gente perde o papado mas nao perde a piada. Sua Santidade nem ainda esquentou o trono de Pedro e a repercussao pelos botecos, praias, repartiçoes e elevadores já é quase febril.

O boy chegou da rua com a notícia – “Sabe por que ele escolheu Francisco?” E eu lá ia saber? “Porque argentino quer ser o primeiro até no nome!”… O cara da gráfica me contou que o secretário-geral do Vaticano tomou um susto ao ouvir o novo papa aos berros no telefone – “No, no y no! Por supuesto que es imposible! Y no insista!” O cardeal ficou ali para tentar ajudar, e entendeu o stress do Santo Padre – “No, Cristina, nó! No voy a cambiar el nombre de Sistina para Argentina, ni voy cambiar la oración para ‘Mi Néstor que estás en cielo’. Y San Diego Maradona es la…” Parece que só o cardeal e Cristina puderam ouvir a frase final, já entronizada como o mais novo segredo do Vaticano.

E assim a coisa vai. No momento em que você lê este texto, outras dezenas de “bromas” já devem estar correndo por aí. É uma forma peculiar e civilizada de digerir a frustraçao de nao ver um papa brasileiro completar uma trindade com a Copa e os Jogos Olímpicos. Mas como se sabe, a última vez que um franco favorito ganhou, deu no que deu: o favorito renunciou.

No fim, quem marcou o tom sobre o papa argentino foi o sempre ponderado Paulo Alves, homem de pesquisa e discernimento. “Sabe, Jayme, foi uma sábia decisao dos cardeais. Nesses tempos de crise é bom ter um papa que fala com Deus de igual pra igual”.

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