Pague qdo usar, venda qdo enjoar, compartilhe por varias razoes

A relaçao das pessoas com o consumo e uso de produtos e serviços vem se reinventando e se complexificando. Como consumidores e usuários num mundo de escassez de tempo e abundância de informaçao, quanto mais tivermos uma ajudinha pra tornar a vida mais fácil e conveniente, tanto melhor. Se puder ser mais barato entao, melhor ainda. E, se puder ser compartilhada entao, nem se fala. Começando pela conveniência, tenho visto a evoluçao dos serviços de condomínio de alto padrao, especialmente em prédios com apartamentos menores, feitos para quem mora sozinho ou nao tem filhos. Gente que tem dinheiro, mas nao tem tempo.

Para esse público, o conceito ‘pay-per-use’ nao é uma novidade, mas vem se ampliando. Além da faxina e das entregas de restaurante, já se pode contar com hotel para os bichos de estimaçao, manicure, personal trainer, organizaçao de festas e até aluguel de carros. Muitos destes ‘mimos’ sao argumentos de venda mas nem sempre viram prática. Alguns condomínios nao conseguem manter um concierge por falta de clientes e investimento. Quanto mais gente usa, mais chances de dar certo.

Outro movimento interessante, mesmo para os que estao nas classes
mais privilegiadas é o de troca ou revenda de roupas, sapatos, eletrônicos ou qualquer coisa que nao esteja sendo usada.

Antigamente, os brechós de luxo viviam de coisas que as pessoas nao queriam mais. Agora, pela internet, já se pode vender ou trocar coisas. Sites e blogs como o enjoei, desapegue, melhor amiga sao exemplos online. No mundo real, vejo alguns bazares de trocas acontecendo na casa de amigas ou mesmo em empresas, na hora do almoço.

Por fim, e como exemplo de compartilhamento, soube por amigas que moram na Vila Madalena que as hortas compartilhadas nas praças estao se proliferando. Todo mundo pode plantar e colher. Numa destas, as maes decidiram levar brinquedos e deixar por lá, para quem quiser brincar. Alguns foram roubados, mas elas decidiram insistir e levar outros. Acreditam que, com o tempo, os brinquedos nao vao sumir mais e que é preciso persistência para mudar hábitos. Estou torcendo ;)

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