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As pessoas só podem ser elas em pequenos grupos – texto da Tania Savaget
Eu sempre preferi trabalhar em empresas de pequeno a médio porte. Quando isto nao era possível, tentava trabalhar com equipes menores, que permitem uma convivência mais próxima e afetuosa. Nao significa que todos precisam ser amigos, mas que todos se conheçam a ponto de saber que aquela pessoa que está ali ao seu lado é… tipo gente. Em menores escalas, a dimensao humana fica preservada e o trabalho flui de forma mais orgânica, participativa, colaborativa.
O livro ‘Small is beautiful’, de E F Schumacher, tem um subtítulo instigante: “um estudo econômico como se as pessoas importassem“. Será que estamos fazendo negócios desde a Revoluçao Industrial sem nos importarmos com as pessoas? Eu acredito que sim. A linha de produçao de Taylor e Ford nao está mais tao presente, mas as empresas, hierárquicas e matriciais, vao criando estruturas imensas, com vários níveis de funcionários que quase nao têm oportunidade de ser pessoas no seu dia-a-dia. Tipo gente.
As empresas sao feitas por pessoas! Entao, nada melhor do que estar em estruturas que permitem que gente seja gente. O livro sugere que o tamanho máximo de uma empresa que se importa com gente teria 150 pessoas. Quantas pessoas têm nas últimas empresas por onde você passou? E as relaçoes – eram mecanizadas ou humanas?
Brazileiro SA
Ora, 100, 150 pessoas é o tamanho médio de pequenos grupos comunitários, até mesmo de coletores de alimentos. Essa medida acho que vale para todos os grupos humanos. Acima disso não acho mesmo possível sobrar muito espaço para calor humano.