Place Branding – as estratégias de marcas para as cidades, por exemplo

Basta uma visita – real ou virtual – a qualquer cidade européia para entender um pouco sobre a história, a cultura e as narrativas do Velho Mundo. De forma etnocêntrica, mas com a prerrogativa de que estao há mais tempo contando histórias, cada cidade têm as suas competências, seus talentos, sua forma de ver o mundo, sua arquitetura, sua arte, suas marcas. Fico sempre imaginando se os primeiros romanos sabiam intuitivamente o que era o chamado “place branding” até que ouvi de um estudioso do tema a expressao latina Genius loci,que significa o ‘espírito do lugar’ – suas  características seus hábitos, seu caráter.  O que mais me deixa curiosa é se este caráter pode ser influenciado por um projeto político, turístico ou econômico.

Com a tal globalizaçao, que vai criando uma linguagem mais ‘padrao’ e o aumento das viagens e o consequente intercâmbio entre pessoas, parece que os projetos de nation branding e place branding estao tentando preencher algumas lacunas de posicionamento e reposicionamento de lugares, exatamente como se faz com marcas de empresas, produtos e serviços. Alguns exemplos já sao reconhecidos e amplamente discutidos em fóruns de branding, como o de Amsterdam, que já tem alguns anos, e o da Colômbia, mais recente, mas com uma ampla divulgaçao em alguns canais – vale conferir em http://www.colombia.co/. Será que os romanos também construíam estratégias de marca e planos de comunicaçao?

O fato é que os exemplos de sucesso passam sempre por um plano governamental, de médio a longo prazos, com açoes concretas, métricas e indicadores. E, como a promessa de uma marca país deve ser entregue por cada um dos seus habitantes, é importante estar atento ao que faz parte do ‘genius loci’, engajando cada um em torno de um projeto comum. Algumas cidades asiáticas estao investindo pesadamente para se posicionar, como Abu Dhabi, que pretende ser uma capital cultural em 2030 e já tem franquias de grandes museus. Um caso emblemático, é o  da China, que decidiu “clonar” a aústriaca Hallstatt. Parece que quem mais lucrou foi a original! veja 1 video.

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