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Politica | Sobre cavaleiros solitarios, 1 convite para o texto do Luis Nassif
Todo fim de ciclo político abre espaço para os outsiders da política. Sao períodos em que ocorre um aumento da inclusao, da participaçao popular e os mecanismos políticos tradicionais nao mais dao conta da nova demanda. Há o descrédito em relaçao à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança da grande freada de arrumaçao.
Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva. Tornam-se fenômenos populares, o canal por onde desaguará a insatisfaçao popular com o velho modelo. No poder, isolam-se por falta de estrutura partidária ou mesmo de quadros em qualidade e quantidade suficiente para dar conta do recado de administrar um país complexo como o Brasil.
Com poucos meses de mandato, a populaçao percebe que nao ocorrerá o milagre da transformaçao política brasileira e se desencantará com o salvador. Sem base política, sem o canal direto com o povo, perdem o comando e trazem a crise política.
Desde a redemocratizaçao de 1945, o Brasil tornou-se um país difícil de administrar, dada a complexidade de forças e setores envolvidos. Só é administrável através das composiçoes políticas. Na última década, a complicaçao ficou maior porque floresceram uma nova sociedade civil, novas classes de incluídos e o fantasma da hiperinflaçao (e dos pacotes econômicos) nao mais funcionava como agente organizador das expectativas e de desarme das resistências – siga lendo no blog do Nassif
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