Portugal vai às urnas – presidente faz apelo urgente contra a abstençao

Hoje, os portugueses sao chamados a irem a voto para escolher o primeiro-ministro e os deputados que vao fazer parte da Assembleia da República, durante os próximos 4 anos, de acordo com o regime parlamentar vigente no país.

No momento, o grande foco de atençao e preocupaçao continua a ser o desinteresse da populaçao, notando-se ainda uma pequena presença de eleitores nas mesas de voto. Como votar nao é obrigatório, a abstençao tem sido sempre muito elevada. Tao alta que ontem mesmo, nos telejornais da noite, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez por 5 minutos um apelo urgente ao voto, chegando mesmo a avisar que “há sinais externos preocupantes” e que “pedir aos portugueses que votem parece justo e mesmo urgente”. E disse mais ao avisar que “desafios de peso” esperam o próximo Governo e que “os sinais econômicos e políticos preocupantes, no mundo e na Europa, sao hoje mais claros do que em maio” (mês da última eleiçao – para o Parlamento Europeu – realizada no país). Para completar, finalizou a sua comunicaçao aos eleitores com um recado bastante enfático e preocupado – “Se nao votarem vao perder uma decisao que é nossa”.

Portugal tem mais de 10 milhoes e 800 mil eleitores registrados e já está tudo preparado para recebê-los. As assembleias de voto já estao abertas desde cedo, os candidatos à direita e à esquerda acompanham os resultados, os militantes nas sedes dos partidos aguardam a hora de comemorar, os eleitores já em casa estao ligados nas últimas projeçoes na TV sobre o que está a acontecer neste final de campanha, considerada “morna” por alguns analistas mais atentos.

Na balança das grandes decisoes e de acordo com todas as pesquisas, o Partido Socialista (PS), do atual primeiro-ministro, António Costa, que tenta a reeleiçao, sairá vencedor e terá o maior número de deputados. Mas isso nao significa que irá conseguir a necessária maioria absoluta no Parlamento para ‘formar governo’ só com os deputados eleitos pelo seu partido. Nas eleiçoes de 4 anos atrás, o PS, para governar, fez uma aliança com partidos da esquerda – Bloco de Esquerda, Partido Comunista e os Verdes. A chamada “geringonça” surtiu efeito e seguiu em frente com propostas que levaram o país a bons resultados econômicos, reduçao do déficit fiscal, diminuiçao do desemprego, aumento do salário mínimo e outras medidas que beneficiam grande parte da populaçao do país.

Portugal voltou a ser visto como um caso de sucesso na Europa e essa soluçao encontrada deu um grande impulso para que o PS apareça nas eleiçoes legislativas de hoje em 1º lugar nas pesquisas de intençao de voto. Ganhar com maioria de votos ou nao, agora é aguardar até a noite pelos resultados e por algumas surpresas, quem sabe, com a certeza que no final de tudo mais uma vez a vontade popular mostrou o caminho a seguir – o da democracia.

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