Pouco espaço na midia de Israel para quem prefere a paz – veja isso

Do Observatorio

Em Israel, quem se opoe à ofensiva militar do país à Faixa de Gaza tem dificuldades na mídia local. De modo geral, não se pode sequer terminar uma frase antes de ser interrompido. Em debates televisivos, as animosidades nao vêm apenas dos demais participantes. Os próprios moderadores nao costumam tolerar opinioes que fujam do consenso. Ao tentar expressar seu ponto de vista, as vozes divergentes sao imediatamente caladas.

Num estúdio de televisao, Yeshuda Shaul – da Breaking the Silence, organizaçao de ex-soldados contrários à ocupaçao militar de Gaza – sentava-se entre um jornalista e o apresentador de rádio Sharon Gal. Ao anunciar uma manifestaçao contra a ofensiva militar marcada para aquele dia, ele logo recebeu duras críticas do radialista – “Você é judeu e deveria se envergonhar. Deveria vestir seu uniforme e ir à Faixa de Gaza, ao invés de ficar sentado em estúdios de televisao e organizando protestos”, disparou Gal.

Quem também participava do debate era o parlamentar da Knesset – o Parlamento israelense – Muhammad Barakeh. De origem árabe, ele também acabou se transformando em alvo da ira do radialista. “O senhor é um mentiroso, um criminoso, e nao deviam ter deixado que falasse aqui. Vá aparecer na televisao do Hamas. O senhor apoia o Hamas!”, disse Gal – Reproduzido da Deutsche Welle – siga lendo no Observatorio da Imprensa.

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