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‘Propósito’ nao é Marketing de Causa | texto da Tânia Savaget
De um tempo para cá é quase impossível nao encontrar a palavra propósito nas apresentaçoes de branding. Quase sempre ela vem acompanhada do vídeo de Simon Sinek, de 2009, e de cases de marcas como Apple, Whole Foods, Patagônia e Toms. Eu mesma defendo a estrutura do ‘Por que’, ‘Como’ e ‘O que’ como um bom ponto de partida para se refletir sobre construçao e gestao de marca. O problema é que, muitas vezes, propósito é confundido com marketing de causa.
Quem trabalha com branding certamente já vivenciou o que o vídeo aponta. Todos os executivos sabem dizer o que suas empresas fazem, uma boa parte fala sobre como fazem e um número reduzido tem segurança em dizer o porquê fazem. A tal motivaçao para além dos negócios, do público-alvo, do resultado, do bônus. O propósito é o que está por trás desta resposta e ele nao é uma causa.
Com o aumento da exigência das pessoas e a evoluçao das leis, respeito ao meio-ambiente, às pessoas e o lucro que vem acompanhado de responsabilidade vao se transformando em obrigaçao. Deixam de ser algo “nichado” e passam a fazer parte da estratégia do negócio. Propósito deve andar junto com a estratégia. É aquilo que fazem as pessoas “BUY FOR” e “WORK FROM”, como vi outro dia num artigo que gostei bastante. Uma boa síntese destas que a língua inglesa é muito eficiente em registrar.
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