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Quem sao e o que fazem os “jornalistas de Cachoeira” | texto no Observatorio
Desde que o relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Costa (PT-MG), confirmou, no dia 21, que irá pedir o indiciamento de 5 jornalistas no seu relatório final, imprensa e oposiçao passaram a atacar a medida, em uníssono, alegando ora afronta à liberdade de expressao, ora o desejo de vingança do PT contra seus algozes no mensalao. Uma leitura do relatório revela uma outra realidade. E uma realidade estarrecedora sobre os meandros da imprensa brasileira. Os documentos falam de jornalistas vendendo sua força de trabalho ou o espaço dos veículos em que trabalham para beneficiarem uma reconhecida organizaçao criminosa na prática de crimes. Ou entao, associando-se a ela para destruir desafetos comuns dos criminosos e dos seus veículos.
O diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, é a face mais conhecida deste time. Mas o grupo é muito maior. O relatório da CPMI cita nominalmente 12 jornalistas que teriam contribuído periodicamente com o esquema criminoso, e acabaram flagrados em atitudes, no mínimo, suspeitas, por meio das quebras de sigilos telefônicos, ficais e bancários dos membros da quadrilha e das empresas, de fachada ou nao, que operavam em nome dela. Desses 12, pede o indiciamento de 5, contra os quais as provas sao robustas. Sugere ao Ministério Público Federal (MPF) o prosseguimento das investigaçoes contra os outros 7, com base nos indícios já levantados pela Comissao.
Veja no Observatorio da Imprensa a lista completa com nomes e qualificaçao. A materia é de Najla Passos publicada originalmente na Carta Maior.
Francisco
Infelizmente, a pressão dos executivos de mídia em cima do Legislativo exterminou as chances desses episódios serem passados a limpo. Dilma “respeita a liberdade de expressão” e o Judiciário já assinou parceria para que as empresas de comunicação não sejam importunadas com processos de danos morais. Ou seja, o momento não é muito bom para o exercício da cidadania no Brasil.