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Recado da Secom: a Internet é o destino | leitura do Marcelo Coutinho
Varias sobre a pesquisa da SECOM
Os resultados da pesquisa de Hábitos de Consumo de Mídia da Populaçao Brasileira, divulgados pela Secom semana passada (18.312 entrevistas com pessoas maiores de 16 anos entre outubro e novembro de 2013), mostram que entre as camadas mais ricas, escolarizadas e jovens do país, o consumo da Internet já está próximo ao da Televisao. Para a mídia impressa, a mensagem é clara: a sobrevivência só é possível se conseguir carregar a credibilidade de suas marcas para o formato digital. Em relaçao a TV e rádio, a questao nao é de sobrevivência, mas de crescimento: a pressao demográfica mostra que suas oportunidades de expansao estao cada vez mais atreladas a integraçao com a Web.
Embora consumida por 65% da populaçao todos os dias, a Televisao tende a se tornar o refúgio de uma populaçao pouco atraente para os anunciantes. Seu uso diário cresce com a idade (61% entre os jovens de 16 a 25, 73% entre os maiores de 65) e populaçao desocupada (70% entre os inativos e 73% entre os que possuem atividades domésticas, contra 63% dos que estao ocupados no comércio, indústria e serviços) e decresce com a escolaridade (67% entre quem tem até ensino médio, 56% entre quem possui ensino superior) e renda (66% entre quem ganha até 5 salários mínimos, 61% entre quem ganha mais de 5 salários mínimos).
Embora com frequência de uso diário bem menor (26% do total da populaçao), a Web cresce proporcionalmente de acordo com a renda (48% entre os brasileiros que ganham mais de 5 salários mínimos), escolaridade (58% entre os usuários de nível superior) e inversamente com a idade (entre os mais jovens, 48% declaram usar a rede diariamente, contra 3% dos maiores de 65 anos). O tempo de consumo médio é próximo do da televisao, 3hs 39min de segunda a sexta, 3hs 43min nos finais de semana (entre a populaçao de 16 a 35 anos o tempo de consumo da rede bate o da televisao). Novamente, quanto mais jovem, rico e escolarizado, maior a intensidade de uso. Outro dado inédito diz respeito ao acesso múltiplo: quando somamos o acesso via computador (84%), celular (40%) e tablet (8%), verificamos que cerca de 32% dos usuários, no mínimo, possui mais de uma forma de acesso (entre os mais jovens e escolarizados, esta proporção atinge 42%).
O crescimento da Web se tornou uma questao demográfica – e a demografia é um destino ao qual cedo ou tarde as estruturas de mercado acabam tendo que se adaptar.
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