Record usa jornalismo para atacar banco q recusa anuncios, diz Daniel Castro

Heloisa Vilella em materia produzida em Nova Iorque

“A Record exibiu em novembro longas reportagens com pesadas denúncias contra o HSBC. Mais do que a missao de informar telespectadores, estava por trás o interesse comercial da emissora” – diz Daniel Castro hoje no seu Noticias da TV. Justitica – “Tanto que as denúncias cessaram neste mês, depois que o banco enviou um emissário ao departamento comercial da emissora, acertando uma trégua”.

Segundo Daniel, “a Record já tem fama no mercado de usar seus telejornais para agredir grandes anunciantes que se recusam a programar campanhas publicitárias em seus intervalos. Antes do HSBC, fez o mesmo com Itaú, Unibanco, Santander, Coca-Cola e Wal-Mart, entre outras instituiçoes”.

Narra o colunista – “O HSBC nao colocou 1 centavo de publicidade na Record neste ano. A represália da emissora também veio de forma administrativa. A Record cortou o acordo que tinha com o banco para pagamento de funcionários. No mês passado, obrigou o HSBC a desativar 1 posto bancário em sua sede, na Barra Funda, em Sao Paulo, e a retirar todos os caixas automáticos de lá”.

“O primeiro ataque da Record surgiu no começo de novembro. Em uma reportagem de 4 minutos, a correspondente Heloísa Villela, de Nova Iorque, relatou que o HSBC está sendo investigado na Europa por manipulaçao de taxas de câmbio. E que nos EUA já foi condenado por abrir as portas para traficantes e terroristas”.

Na metade de novembro, outra reportagem, produzida em Sao Paulo, divulgou que uma pesquisa do Procon – “revela que o HSBC é o banco que mais aumentou os juros no cheque especial”. Ilustrada pelo relato de um cliente endividado, a reportagem se espantava com a informaçao de que “a taxa de cheque especial (do HSBC) disparou: saiu de 9,90% para 9,95% ao mês” e que o banco “é um dos líderes de insatisfaçao de clientes”.

No final de novembro, “Heloísa Villela retornou com a mesma denúncia do início do mês”, sob a manchete “Autoridades da Europa investigam esquema de fraude em 1 dos maiores bancos do mundo”. A reportagem durou 3 minutos.

“Villela tomou o cuidado de trocar uma fonte da Universidade de Columbia por uma da Universidade de Nova York, mas a reportagem repetia informaçoes e imagens da anterior. Até a passagem (quando o repórter mostra o rosto em uma reportagem) parecia ter sido feita em frente à mesma agência do HSBC”.

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