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Relatorio do Pew expoe desastre do jornalismo americano e nao alerta o brasileiro
O cenario de desastre aprofundado esta semana pelo novo relatório sobre o Estado da Mídia do instituto Pew só se tornou possivel porque ainda nao se arranjou uma opçao decente – para captar o dinheiro da publicidade que se afasta mais e mais dos jornais e TVs – nos EUA. A grande maioria parece incapaz de 1 autêntico ou corajoso movimento de reinvençao diante do que chamamos de disrupçao – que fosse embarcar com ela ;)
Amy Mitchell, do Pew, e Jonathan Landay vêem, por enquanto, com desgosto, a queda da qualidade no jornalismo nos cortes nas redaçoes de jornais e TVs dos EUA (Nelson de Sa ontem na Folha). E os cortes seriam, por sua vez, uma resposta à aceleraçao da queda na receita publicitária, que já alcança níveis catastróficos no mercado americano – expoe Nelson. Nao parece pouco?
Na verdade, as coisas estao mudando rapidamente – A convergência entre Internet, Televisao e Mídia Social segue em ritmo mais acelerado do que conseguiram perceber a tempo as empresas de midia tradicionais – o que provoca o insustentável terremoto.
Enquanto isso, por aqui, a distância geografica do epicentro dos fatos dá uma aparente sensaçao de calmaria. Na Folha, ontem, o Nelson de Sá observava que, “pelo contrário, como divulgou o Projeto Inter-Meios, a receita até cresce – o que se explica em parte pelo ritmo diferenciado das economias emergentes, com efeitos positivos sobre o setor (…..)”.
Outra explicaçao, lembrada a Nelson por mais de uma fonte no setor, e citada no artigo da Folha, é que o mercado publicitário no Brasil é envolto em normas e procedimentos que tornam a chamada disrupçao mais lenta, quase imperceptível, na superfície. Entre outras proteçoes, é o BV, que 1 dia ainda vai ser odiado pela industria pelo significado de poderoso instrumento do atraso que terá imposto ao futuro – eu creio.
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