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Sinal de TV digital para familias de baixa renda – nem todo mundo gosta
Por Cadu Amaral no seu blog – “O governo federal quer distribuir conversores para o sinal digital da TV para famílias de baixa renda. Logo a Folha já trata o tema de forma pejorativa. Obviamente que botou na boca de sabe-se lá quem. Diz que o programa ganhou o apelido de ‘bolsa novela’, mas nao diz quem o deu. É a velha lógica de soltar a opiniao como (se fosse) informaçao e sempre na boca do vento. A informaçao nao tem fonte concreta. Boato mesmo”.
Adriano Macedo
E vocês do BlueBus puxando o saco do Governo pode, né? Tá certo…
Julio Hungria
Nao é bem isso, Adriano. Em 1º lugar, o texto nao é nosso, é uma transcriçao de 1 blog alheio. Em 2º lugar, nao te parece que ampliar o sinal da TV digial pra todo mundo é 1 bom negocio pra todos, inclusive pra midia comercial? Por que vc estaria contra a iniciativa? Obrigado por comentar ;)
vanessa renée
parabéns ao blue bus pela informãção e ao governo pela iniciativa, até que enfim!
arnaldo boccato
Pensando bem, pode ser boato ou balão de ensaio. Adiantar em 2 ou 4 anos o switch off analógico (e se, de quebra, aparecer aquele conversor baratinho tão propalado por H.Costa…) traria ganhos pra todos: usuários, mercado publicitário, indústrias, operadoras de assinatura e telefonia e muitas emissoras atuais, de chapéu na mão buscando vantagens para a mudança (apenas por acaso, muitas delas ligadas direta ou indiretamente a muitos congressistas). A conta disso? Não tem almoço grátis, a gente sabe…
Adriano Macedo
Panis et circenses. Viva!
João da Silva
Gostaria de ver esse assunto mais discutido na imprensa. Primeiro, porque o 3G já não funciona direito; aliás, nem o próprio celular funciona adequadamente, quando vemos a cobertura insuficiente pelo país afora. Aqui mesmo, no interior do estado do RJ, temos diversas localidades sem sinal sequer de voz. Em segundo lugar, antes de distribuir os receptores o governo deveria se preocupar com a distribuição do sinal digital pelo país. Dentre as grandes redes de TV, somente Band, Record e RedeTV liberam o sinal digital HD via satélite. Globo e SBT codificam, impedindo o acesso a seus programas em alta definição. Num país continental como o Brasil, esperar que o HD seja democraticamente espalhado por todo o território por meios terrestres é querer demais. Mas o que mais chama a atenção é que há um desrespeito gritante aos direitos dos consumidores e contribuintes. A Globo, detentora dos direitos de transmissão de quase todos os principais eventos no Brasil – campeonatos de futebol brasileiro e estaduais, fórmula 1, carnaval do Rio e de SP, e uma infinidade de outros eventos – certamente cobra dos patrocinadores pelo produto HD, e todos nós, telespectadores, assistindo ou não aos programas em alta definição, estamos pagando por isso quando compramos os produtos anunciados sem que a Globo nos respeite o direito de assistir.
A alegação são os direitos das afiliadas. Só que muitas delas não parecem nem um pouco interessadas em investir nesse produto. Talvez até esperando verba pública para instalar o sistema (socializar o prejuízo e privatizar o lucro). E, como contribuintes, pagamos porque muito desse projeto de tv digital é financiado com dinheiro público. E o resumo da ópera é o seguinte: a Globo detém os direitos do carnaval, futebol,etc; nem todas as suas afiliadas retransmitem em digital HD (milhares de cidades pelo país sequer tem previsão para o sinal); o sinal da Globo digital HD via satélite é codificado; os canais por assinatura, mesmo da Globosat – do mesmo grupo – também não transmitem os eventos – nem em SD nem em HD; e milhões de consumidores/contribuintes, em milhares de cidades, ficam chupando dedo, pois não há real concorrência no mercado de tv no Brasil, vale somente o que a Globo impõe. Onde estão as leis de mercado, tão defendidas pelos liberais, incluindo o grupo Globo? Cadê a concorrência, para beneficiar o consumidor? A Record, quando transmitiu as olimpíadas, o fez via satélite HD. A Globo monopoliza tudo e o faz conforme seus exclusivos interesses, sem que o Estado faça o que deve: evitar o abuso do poder econômico. Tudo um absurdo se pensássemos em EUA ou outro país desenvolvido.
Distribuir conversores, sem o sinal digital? Só se for para usar como bibelô…