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Toda televisao é pública ou A pergunta oportuna da Monica Bergamo
Na entrevista publicada neste domingo na Folha para assinantes®, com o presidente em exerccio da Venezuala, Nicolas Maduro, a colunista Mônica Bergamo faz a seguinte pergunta – “Na Venezuela, canais privados de televisao fazem campanha para o candidato de oposiçao à Presidência, Henrique Capriles. E canais estatais fazem campanha para o senhor. Os canais públicos sao de todos. Nao deveriam ser neutros?” Deveriam?
Gabriel Priolli responde hoje em materia no Observatorio – “Aqui está o cerne de uma visao distorcida da TV e de sua regulaçao, visao que é imposta pelo baronato da mídia a seus empregados e à sociedade. Ela entende que os canais privados têm todo o direito de tomar a posiçao política que quiserem, porque têm donos, sao particulares. Já a televisao pública, por ser mantida pelo Estado, está proibida de partidarismo”.
“A distorçao está no fato de que nao existe televisao puramente privada, nem aqui, nem na Venezuela, nem em qualquer parte do mundo. Estúdios, transmissores e antenas pertencem às empresas, mas o espectro radioelétrico, onde trafegam os sinais de televisao, é patrimônio público, sob controle do Estado. E seu uso é facultado a particulares através de concessao, que impoe obrigaçoes legais e constitucionais. Entre essas obrigaçoes estao as de isençao, equilíbrio, apartidarismo e pluralidade” (!)
Francisco
Pelo que conheço do perfil da Monica, ela foi, digamos, apenas a intermediária dessa pergunta. Sabe como é, as contas precisam ser pagas.