Uma Bolsa de Valores para medir os indices de felicidade, cooperaçao, inovaçao, etc

Pegar a primeira ponte aérea nas semanas mais frias do inverno, saindo de Sao Paulo, é sempre difícil pra mim. Às 6 da manha as ruas ainda estao escuras, os seguranças e porteiros estao de luvas e gorros, o ritmo da cidade ainda é lento. Decidi escrever esse post sob os efeitos desta sensaçao de letargia. Para quem acabou de acordar, entrar no aeroporto é um choque – as coisas ali já estão aceleradas. Filas de gente chegando de viagens internacionais, famílias embarcando para todo o Brasil, e a galera freqüentadora dos vôos Rio/São Paulo, que é um grupo à parte.

Imagino que muitos estao no modo automático, dada a freqüência com que repetem o trajeto. Os códigos sao claros. Mochilas ou malinhas de mão bem práticas, roupas de executivos para homens e mulheres que, muitas vezes, terminam a maquiagem nas salas VIP dos cartoes de crédito. Todos checam as notícias em seus celulares, nos jornais disponíveis e observam a escala de vôos. As conversas, raras, sao sempre ligadas ao mundo corporativo – E aí? Está trabalhando aonde? Como está lá?

De repente, quase todos grudam os olhos na TV. A atraçao? A cotaçao da Bolsa de Valores. O sobe e desce das açoes parece que traz a adrenalina necessária para mostrar que o dia começou. Nao sei se foi o sono ou os assuntos que ando estudando sobre a urgência de sairmos da ótica 100% financeira, mas fiquei imaginando se uma bolsa que falasse de outros valores despertaria o mesmo interesse – subiu o endividamento, baixou a felicidade, a cooperaçao está em alta, o índice de inovaçao subiu nos BRICs, tendência de baixa da competiçao. Parece utópico? Talvez. Vou estudar mais sobre isso num curso que recomendo – veja aqui

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