Uma marca chamada Rolling Stones | texto da Tânia Savaget

Quando eles surgiram o mundo era bem diferente. Na década de 60, aproveitaram o momento de uma invasao britânica na cena musical do mundo e apresentaram uma forte inspiraçao da música negra americana. Nao eram o que se podia chamar de uma ‘boy band‘. Ao contrário, eram um pouco mais desarrumados do que os comportados Beatles, preferidos da plateia feminina. Sempre estiveram mais próximos dos atributos da marca Rock N Roll: rebeldes, inconformados, cheios de atitude. Sempre próximos da contracultura ditaram comportamentos: maus comportamentos, na maior parte do tempo.

Estiveram próximos dos artistas gráficos, como Andy Warhol, dos fotógrafos, como Annie Leibovitz, do mundo da moda criando estilos. Estiveram atentos aos movimentos da música e incorporaram parte deles em suas cançoes. Estiveram à beira de uma separaçao, como quase todas as grandes bandas. Mas, acredito, entenderam o negócio do showbiz e vêm fazendo uma impecável gestao da sua marca. Camisetas, livros, música no Guitar Hero, todo tipo de merchandising e shows impecáveis. E quem olha para o quarteto no palco nao vê ali respeitáveis pais e avôs de família. Mesmo distantes de todas as polêmicas envolvendo mulheres, drogas e fuga de impostos, eles ainda mantêm a aura de rebeldia com shows cheios de energia.

Parte da história dos Stones está na mostra que inaugura em Londres em abril deste ano, Exhibitionism. O nome é a cara deles. E o acervo também. Nao é à toa que seguem atraindo uma legiao de fãs – seus “clientes” mais fiéis – e renovando seu público, como muitas marcas devem fazer. Nunca fui a nenhum show deles, mas pretendo corrigir esta falha daqui a 1 dia! It’s only rock and roll, but i like it, e como.

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