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Usuários de notícias estao mudando de fontes e procuram alternativas à mídia convencional
Os usuários que acompanham notícias estao ampliando progressivamente seu universo de busca de informaçoes para além das fontes tradicionais da grande mídia – Folha, Estadao, Globo, etc. O mesmo que tem procurado fazer o Blue Bus especialmente desde o ano passado quando foi se tornando mais notória a imprecisao, omissao ou viés disfarçado em “isençao” dos veículos tradicionais.
Até aí nada de muito novo. Novidade foi a correçao reivindicada por leitor à noticia dada por Blue Bus esta semana sobre o garoto espancado por seguranças no trem.
Com base em uma mídia YouTube, demos que seguranças do metrô teriam matado 1 garoto que tentava viajar sem pagar, dando-lhe uma surra exemplar de cassetetes – “Na verdade, a surra nao matou, fez somente com que ele desmaiasse” – jogado sem sentidos e sem açao para fora do vagao do trem, como mostra o video da fonte – além do que nao era o metrô mas um trem da CPTM. Para pedir essa correçao – que demos – o leitor nao citou fontes tradicionais, descredibilizadas, mas um jornal local de menor porte, no entanto mais próximo do acontecimento – o ABCD Maior.
Como avaliar a qualidade das fontes neste momento de transiçao em que os jornaloes e os grandes portais, seus parentes, perdem significado para o que informa a mídia individual dos vídeos do YouTube e redes sociais?
Até se montar um critério de avaliaçao que indique quando uma fonte pode ser absolutamente confiável e replicada total ou parcialmente, vamos ver muitos erros – e acredito que deveremos ser mais equilibrados mesmo quando encontrarmos imagens tao contundentes como as que nos exibiu o Testemunha do Caos. Nesse caso, Blue Bus errou. Podia ter ficado na exibiçao da imagem e dispensado repetir a informaçao revoltada da fonte.
Respondi a um leitor que reclamava do Blue Bus ter “renegado a grande mídia”. Disse que o site “apenas abandonou seu uso sistemático porque ela é imprecisa e/ou omite – como foi imprecisa a informaçao do Testemunha do Caos” – concordei. Disse também – “Nesse tipo de caso, até por falta de opçao, é comum que ela (a grande mídia) admita imediatamente como verdadeira a informaçao oficial, favorecendo os Governos quando lhe convem”.
O dado positivo da “correçao” é que ela nao veio citando uma mídia engessada mas uma opçao alternativa. O que enriquece as escolhas e abre espaço também para a diversidade.
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