#youPIX | Quem faz a nova opiniao pública – os TTs do Twitter sao o novo Ibope?

Com informaçoes do Leo Maia, direto do youPIX

O debate de hoje no youPIX com curadoria do Blue Bus se propos a descobrir se a web está se tornando o novo medidor de audiência da nova geraçao – levando em conta, por exemplo, que o noticiário já usa os Trending Topics do Twitter para mensurar o sucesso ou a viralizaçao de um assunto e o número de visualizaçoes no YouTube é cada vez mais uma medida da popularizaçao dos vídeos. Afinal, um TT vale mais do que quantos pontos no Ibope? E as pageviews, já valem mais do que as tiragens de revistas e jornais?

Para debater o assunto, reuniram-se Nelson de Sá – articulista da Folha e autor do blog Toda Mídia, José Calazans – analista de mídia do Ibope Nielsen Online, e Pedro Porto – Diretor de Estratégia de Marca do Twitter, em torno da mediaçao da da editora executiva do BB Jacqueline Lafloufa.

Falando sobre o fenômeno Avenida Brasil, que chegou a ter 21 termos relacionados nos TTs, veio a diferenciaçao entre Twitter e Ibope – o Ibope é científico, quantitativo, mostra quantas TVs estao ligadas; o Twitter apresenta quem está vendo e sobre o que as pessoas estao falando, ajuda a definir a pauta. Nos EUA, por exemplo, o Twitter tem ajudado a TV a definir hashtags para a programaçao, mas aqui no Brasil as pessoas estao na frente, sao elas que estao elegendo as hashtags para os programas. Além disso, nao é mais “Twitter ou TV”, agora é “Twitter e TV”. O imediato é no Twitter, o que nao é tao importante fica pra depois.

Enquanto isso, já em 2011 a Nielsen afirmou que quanto maior o número de comentários no Twitter, maior a audiência na TV, mas nao conseguiu definir se os comentários sao os responsáveis pelo aumento. O Ibope também fez essa pesquisa e em primeira mao revela que o mesmo comportamento acontece aqui no Brasil – e, da mesma forma, diz que precisa analisar melhor esses dados para conseguir afirmar que os comentários no microblog sao a causa do pulo na audiencia. 1 fato interessante é que, nos EUA, algumas emissoras possuem uma espécie de índice de engajamento para cada programa e esse dado também é usado na hora de vender mídia.

Sobre as manifestaçoes que tomaram conta do Brasil, nota-se que o Facebook levou o povo para a rua e o Twitter serviu como broadcast. Perguntado se a adoçao de hashtags pelo Facebook ameaça o Twitter, Pedro Porto diz que nao, que eles ficam orgulhosos com a iniciativa do Facebook, até porque nao foi o microblog que inventou a hashtag – foi a audiência que entendeu que essa era a melhor forma de agregar informaçoes. Além do mais, Twitter é live, Facebook é uma rede de amigos. E lembra de um dado divulgado pelo Blue Bus – os convites para as manifestaçoes eram feitos pelo Facebook, mas quase 70% dos ativistas estavam no Twitter e apenas 24,8% deles no Facebook. Os convites sao feitos onde estao os amigos, por isso o Facebook foi escolhido. Ativistas nao querem falar com amigos, querem contar o que está acontecendo, e por isso preferem o Twitter. Sobre as hashtags em SP e a ausência de uma hashtag única, Pedro explica que a descentralizaçao das manifestaçoes pode ter sido a causa da falta de hashtag oficial – a ausência de um líder unico teria se refletido na falta de uma hashtag central.

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